Para todos que não se conformam com o que se apresenta no mundo!
domingo, 25 de julho de 2010
Liberdade de ler, liberdade de pensar
Vemos hoje, seja na internet, TV, ou simplesmente em filmes, os jargões “país livre, ou liberdade de escolha”, na Maçonaria encontramos L.,.D.,.P.,. ou seja: Liberdade De Pensamento. Porém percebi que liberdade, apesar de ser uma palavra muito usada, não se faz presente toda vez que é pronunciada.
Abaixo extraí partes de um livro que, apesar de seu autor ser muito conhecido, não temos a “liberdade” de Lê-lo, e mesmo que tivéssemos permissão de ler, nossa falta de liberdade de pensamento, ou nosso conceito pré-estabelecido (Estabelecido por outras pessoas claro!) não nos permitiria estudar seu conteúdo.
O texto trata de um tema comum, propaganda, porém é extraído de um livro que tem muito mais informação em seu interior. Deixo claro que não compactuo necessariamente com todo seu conteúdo, entretanto não posso deixar de expressar meu “livre” pensamento quanto aos parágrafos retirados; São atuais. Quem não concordar, favor postar em que ponto não se encontra de acordo, com a devida explanação.
Aconselho a somente ler o nome do autor no final para que o preconceito não influa na opinião sincera baseada somente em seu conceito pessoal. Porém, sua liberdade de escolha é respeitada aqui, e deixo tal decisão a quem quiser ler um trecho de um livro que não será encontrado na mídia.
Wagner S. Simeone
Volume I
Capítulo 3
Seja qual for nosso entendimento pela expressão "opinião pública", ela se baseia apenas em pequena escala em conhecimento ou experiências pessoais, porém, em grande parte na apresentação que é evidenciada por um chamado "esclarecimento" persistente e enfático.
Da mesma forma que a posição religiosa resulta da educação e somente a necessidade religiosa em si dormita no íntimo do ser humano, assim a opinião política da massa representa também apenas o resultado final de um trabalho às vezes incrivelmente árduo e abrangente da alma e da consciência.
A quota mais eficiente na "educação" política, que, no caso, com muita propriedade, é chamada "propaganda", é a que cabe à imprensa, a que se reserva a "tarefa de esclarecimento" e que assim se constitui em uma espécie de escola para adultos.
Capítulo 6
A segunda questão de vital importância era a seguinte: a quem se deve dirigir a Propaganda? Aos intelectuais ou à massa menos culta? A propaganda sempre terá de ser dirigida à massa! Para os intelectuais, ou para aqueles que, hoje, infelizmente assim se consideram, não se deve tratar de propaganda e sim de instrução científica. A propaganda, porém, por si mesma, é tão pouco ciência quanto um cartaz é arte, considerado pelo seu lado de sua apresentação. A arte de um cartaz consiste na capacidade de seu autor de, por meio da forma e das cores, chamar a atenção da massa. O cartaz de uma exposição de arte só tem em vista chamar a atenção sobre a arte da exposição; quanto mais ele se aproxima deste objetivo tanto maior é a arte do dito cartaz. Além disso, o cartaz deve transmitir à massa uma idéia da importância da exposição, nunca, porém, deverá ser um substituto da arte que se procura oferecer. Assim, quem desejar se ocupar por si próprio da arte, terá de estudar mais do que o próprio cartaz, e não lhe bastará por exemplo, um simples passeio pela exposição. Dele se espera que se aprofunde nas várias obras, observando-as com todo cuidado, acabando por fazer delas um juízo justo.
Semelhantes são também as condições do que hoje designamos pela palavra Propaganda.
O fim da propaganda não é a educação científica de cada um, mas sim chamar a atenção da massa sobre determinados fatos, acontecimentos, necessidades etc., cuja importância só assim deve cair no círculo visual da massa.
A arte está exclusivamente em fazer isso de uma maneira tão perfeita que provoque a convicção geral da realidade de um fato, da necessidade de um processo, e da justeza de algo necessário etc. Como ela não é e não pode ser uma necessidade em si, como a sua finalidade, assim como no caso do cartaz, é a de despertar a atenção da massa e não ensinar aos cultos ou àqueles que procuram cultivar seu espírito, a sua ação deve ser cada vez mais dirigida para o sentimento e só muito condicionalmente para a chamada razão.
Toda propaganda deve ser popular e estabelecer o seu nível espiritual de acordo com a capacidade de compreensão do mais ignorante dentre aqueles a quem ela pretende se dirigir. Assim a sua elevação espiritual deverá ser mantida tanto mais baixa quanto maior for a massa humana que ela deverá abranger. Tratando-se, como no caso da propaganda pela sustentação de uma guerra, de atrair ao seu círculo de atividade um povo inteiro, deve se proceder com o máximo cuidado, a fim de evitar concepções intelectuais demasiadamente elevadas.
Quanto mais modesto for o seu lastro científico e quanto mais ela levar em consideração o sentimento da massa, tanto maior será o sucesso. Este, porém, é a melhor prova da justeza ou erro de uma propaganda, e não a satisfação às exigências de alguns sábios ou jovens estetas.
A arte da propaganda reside justamente na compreensão da mentalidade e dos sentimentos da grande massa. Ela encontra numa forma psicologicamente certa o caminho para a atenção e para o coração do povo. Que os nossos sabidos não compreendam isso, a causa está na sua preguiça mental ou no seu orgulho.
Compreendendo-se, a necessidade da conquista da grande massa, pela propaganda, segue-se daí a seguinte doutrina: É errado querer dar à propaganda a variedade, por exemplo, do ensino científico.
A capacidade de compreensão do povo é muito limitada, mas, em compensação, a capacidade de esquecer é grande. Assim sendo, a propaganda deve-se restringir a poucos pontos. E esses deverão ser valorizados como estribilhos, até que o último indivíduo consiga saber exatamente o que representa esse estribilho. Sacrificando esse princípio em favor da variedade, provoca-se uma atividade dispersiva, pois a multidão não consegue nem digerir nem guardar o assunto tratado. O resultado é uma diminuição de eficiência e conseqüentemente o esquecimento por parte das massas.
[...]
Mas qual foi a conseqüência desta imperfeição? A grande massa de um povo não se compõe de diplomatas ou só de professores oficiais de Direito, mesmo de pessoas capazes de ajudar com acerto, e sim de criaturas propensas à dúvida e às incertezas. Quando se verifica, em uma propaganda em causa própria, o menor indício de reconhecer um direito à parte oposta, cria-se imediatamente a dúvida quanto ao direito próprio. A massa não está em condições de distinguir onde acaba a injustiça estranha e onde começa a sua justiça própria. Ela, num caso como esse, torna-se indecisa e desconfiada, sobretudo quando o adversário não comete a mesma tolice, mas, ao contrário, lança toda e qualquer culpa sobre o inimigo.
[...]
O povo, na sua grande maioria, é de índole feminina tão acentuada, que se deixa guiar, no seu modo de pensar e agir, menos pela reflexão do que pelo sentimento. Esses sentimentos, porém, não são complicados mas simples e consistentes. Neles não há grandes diferenciações. São ou positivos ou negativos: amor ou ódio, justiça ou injustiça, verdade ou mentira. Nunca, porém, o meio termo.
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Qualquer que seja o talento que se revele na direção de uma propaganda não se conseguirá sucesso, se não se levar em consideração sempre e intensamente um postulado fundamental. Ela tem de se contentar com pouco, porém, esse pouco terá de ser repetido constantemente. A persistência, nesse caso, é, como em muitos outros deste mundo, a primeira e mais importante condição para o êxito.
[...]
A propaganda, entretanto, não foi criada para fornecer a esses senhores blasés uma distração interessante e sim para convencer a massa. Esta, porém, necessita - sendo como é de difícil compreensão - de um determinado período de tempo, antes mesmo de estar disposta a tomar conhecimento de um fato, e, somente depois de repetidos milhares de vezes os mais simples conceitos, é que sua memória entrará em funcionamento.
Qualquer digressão que se faça não deve nunca modificar o sentido do fim visado pela propaganda, que deve acabar sempre afirmando a mesma coisa. O estribilho pode assim ser iluminado por vários lados, porém o fim de todos os raciocínios deve sempre visar o mesmo estribilho. Só assim a propaganda poderá agir de uma maneira uniforme e decisiva.
Só a linha mestra, que nunca deve ser abandonada, é capaz de, guardando a acentuação uniforme e coerente, fazer amadurecer o sucesso final. Só então poder-se-á, com espanto, constatar que formidáveis e quase incompreensíveis resultados tal persistência é capaz de produzir.
Todo anúncio, seja ele feito no terreno dos negócios ou da política, tem o seu sucesso assegurado na constância e continuidade de sua aplicação.
Capítulo 10
Resulta da própria natureza das coisas que no volume da mentira está uma razão para ela ser mais facilmente acreditada, pois a massa popular, nos seus mais profundos sentimentos, não sendo má, consciente e deliberadamente, é menos corrompida e, devido à simplicidade do seu caráter, é mais freqüentemente vítima de grandes mentiras do que de pequenas. Em pequeninas coisas ela também mente, enquanto que das grandes mentiras ela se envergonha.
Uma tal inverdade nunca lhe passaria pela cabeça e também não acreditaria que alguém fosse capaz da inaudita impudência de tão infame calúnia. Mesmo depois de explicações sobre o caso, as massas, durante muito tempo, mantêm-se na dúvida, vacilando, antes de aceitar como verdadeiras quaisquer causas. É um fato também que da mais descarada mentira sempre fica alguma coisa, verdade essa que todos os grandes artistas da mentira e suas quadrilhas conhecem muito bem e dela se aproveitam da maneira mais infame.
Capítulo 12
Para que uma propaganda seja eficiente é preciso que ela tenha um objetivo definido e que se dirija a um determinado grupo. Ao contrário, ela ou não será entendida por um grupo ou será julgada pelo outro tão compreensível por si mesma que se torna desinteressante. [...] Não se deve perder de vista também que as mais belas idéias de uma doutrina, na maior parte dos casos, só se propagam por intermédio dos espíritos inferiores. Não se deve considerar o que tem em mente o genial criador de uma idéia, mas em que forma e com que êxito o defensor dessa idéia a comunicará às grandes massas.
A grande eficiência da Social Democracia, do movimento marxista, sobretudo, consiste, em grande parte, na homogeneidade do público a que se dirige. Quanto mais estreitas e limitadas eram as idéias propagadas, tanto mais facilmente eram aceitas pelas massas, a cujo nível intelectual correspondiam perfeitamente.
Disso resulta para o novo movimento uma conduta clara e simples. A propaganda, tanto pelas suas idéias como pela forma, deve ser organizada para alcançai- as grandes massas populares e a sua justeza só pode ser avaliada pelo êxito na prática. Em um grande comício popular, o orador mais eficiente não é o que mais se aproxima dos elementos intelectuais do auditório mas o que consegue conquistar o coração da maioria.
Volume II
Capítulo 6
Em pouco tempo aprendi uma coisa importante que consistia em tirar das mãos do inimigo as armas de defesa. Logo se tornou evidente que os nossos adversários, sobretudo tratando-se de discussões verbais, sempre se apresentavam com um repertório certo de argumentos que, repentinamente, usavam contra as nossas afirmações, de modo que a uniformidade desse processo de argumentar proporcionou-nos um treino consciente e de objetivo bem definido. Pudemos compreender o espírito de disciplina dos nossos adversários, na sua propaganda. Hoje orgulho-me de ter descoberto os meios não só de tornar a sua propaganda ineficiente como também de vencer os seus próprios líderes. Dois anos depois eu era mestre nesta arte.
Em cada discussão, o importante era ter, de antemão, uma idéia clara da forma e do aspecto prováveis dos argumentos que se esperavam por parte dos adversários e, mencionar, de começo, as possíveis objeções e provar a sua falta de consistência. Assim o ouvinte, apesar das numerosas objeções que lhe tinham sido inspiradas, pela destruição antecipada das mesmas, era facilmente conquistado para a causa, desde que fosse um homem bem intencionado. A lição que lhe ensinavam de cor era abandonada e sua atenção era cada vez mais atraída para a exposição do orador.
[...]
O que fez com que o marxismo conquistasse milhões de trabalhadores foi menos a maneira de escrever dos papas marxistas do que a infatigável e verdadeiramente poderosa propaganda de cem mil incansáveis agitadores, a começar dos apóstolos da primeira fila até aos pequenos empregados de fábrica e aos oradores populares. Foi nas centenas de milhares de reuniões, nas salas contaminadas de fumo das estalagens, que os oradores martelavam as suas idéias na cabeça do povo, obtendo um conhecimento fabuloso do material humano, que o marxismo aprendia a usar as armas adequadas para conquistar a opinião pública. A vitória do marxismo foi também devida às formidáveis demonstrações coletivas, àqueles cortejos de centenas de milhares de homens, perante os quais os indivíduos se Julgavam mesquinhos vermes, mas, não obstante isso, orgulhavam-se de pertencer à gigantesca organização, ao sopro da qual o odiado mundo burguês poderia ser incendiado, permitindo à ditadura proletária festejar a sua vitória final.
[...]
Os nossos intelectuais, na sua ignorância das realidades, chegam a acreditar que um escritor é, forçosamente, superior em inteligência a um orador. Esse ponto de vista é deliciosamente ilustrado em um artigo de certo jornal nacionalista, em que se afirma que geralmente se sente uma desilusão quando se lê um discurso de um grande orador, por todos admirado como tal.
Lembro-me de outra crítica que me veio às mãos durante a Guerra. O jornal pegou os discursos de Lloyd George, então ministro das munições, examinou-os, nos menores detalhes, para chegar à brilhante conclusão de que esses discursos revelavam inferioridade intelectual, ignorância e banalidade. Obtive alguns desses discursos enfeixados em um pequeno volume e não pude deixar de rir, ao pensar que o escrevinhador não conseguiu compreender a influência que essas obras-primas exercem sobre a opinião pública. O tal escrevinhador julgou esses discursos somente pela impressão que os mesmos causavam no seu espírito blasé, ao passo que o grande demagogo inglês tinha obtido um efeito imenso no seu auditório e em todas as camadas inferiores da população britânica.
Examinados por esse prisma, os discursos de Lloyd George eram produções admiráveis, pois revelavam um grande conhecimento da psicologia das massas. Sua atuação no espírito do povo foi decisiva. Comparem-se os discursos de Lloyd George com os discursos fúteis, gaguejados por um Bethmann-Hollveg! Talvez as orações do último sejam superiores sob o ponto de vista intelectual, mas demonstram a incapacidade do seu autor para falar à nação que ele não conhecia. Que Lloyd George era superior a Bethmann-Hollveg prova-o o fato de ser a forma dada aos seus discursos em moldes capazes de falar ao coração do seu povo e fazê-lo obedecer à sua vontade. A simplicidade das suas orações, a forma de expressão, a escolha de ilustrações simples, de fácil compreensão, são provas evidentes da extraordinária capacidade política de Lloyd George.
O discurso de um estadista, falando ao seu povo, não deve ser avaliado pela impressão que o mesmo provoca no espírito de um professor de Universidade, mas no efeito que produz sobre as massas. Só por esse critério é que se pode medir a genialidade de um orador.
O admirável progresso do nosso movimento que, há poucos anos, se originara do nada, e hoje é um movimento de valor, perseguido por todos os inimigos internos e externos do povo, deve-se ao fato de sempre ter sido tomada em consideração aquela verdade. Por mais importante que seja a produção escrita do movimento, ela terá sempre mais valor para a formação intelectual dos grandes e pequenos lideres, em um plano único, do que para a conquista das massas colocadas em pontos de vista contrários. Só em casos excepcionalíssimos, um social-democrata convencido ou um fanático comunista condescenderá em adquirir uma brochura ou mesmo um livro nacional-socialista para lê-los e daí formar uma idéia sobre a nossa doutrina ou para estudar a critica às suas convicções. Os jornais raramente são lidos quando não trazem bem claro o sinete do partido a que pertence o leitor. Além disso, a leitura de um exemplar de jornal pouco adianta. A sua atuação é de tal modo dispersiva que da mesma nenhuma influência digna de nota se pode esperar. Não se pode e não se deve exigir de ninguém, sobretudo daqueles para os quais um pfening é muito dinheiro, que assinem jornais inimigos, só pelo desejo de obter esclarecimento sobre os fatos. Isso talvez não aconteça em um caso sobre dez mil. Quem já aderiu a uma causa lerá naturalmente o jornal do seu partido para se pôr a par das notícias do movimento em que está empenhado.
O contrário acontece com o boletim. Uma ou outra pessoa tomá-lo-á nas mãos, sobretudo quando o mesmo é distribuído gratuitamente. Isso acontece mais freqüentemente ainda quando, já na epígrafe, se anuncia a discussão de um tema que está na boca de todos. Depois da leitura de alguns desses boletins, o leitor talvez seja conquistado aos novos pontos de vista ou pelo menos terá a sua atenção despertada para o novo movimento. Mesmo na hipótese mais favorável, só se conseguirá, por esse meio, um ligeiro impulso e nunca uma situação definitiva, isso só se obterá com os comícios populares.
Os comícios populares são necessários, justamente porque neles o indivíduo que se sente inclinado a tomar parte em um movimento mas receia ficar isolado, recebe, pela primeira vez, a impressão de uma coletividade maior, o que provoca, na maior parte dos espíritos, um estimulo e um encorajamento.
O mesmo homem que, nas fileiras de sua companhia ou do seu batalhão, entra na luta de todo coração, não o faria se estivesse sozinho. Na companhia sente-se como protegido, mesmo quando milhares de razões houvesse em contrário. O caráter coletivo nas grandes manifestações não só fortalece o indivíduo, como estabelece a união e concorre para a formação do espírito de classe.
O homem que se inicia em uma nova doutrina e que, na sua empresa ou na sua oficina sofre opressões, precisa se fortalecer pela convicção de que é um membro e um lutador dentro de uma grande coletividade. Essa impressão ele recebe apenas nas manifestações coletivas. Quando ele sai de sua pequena oficina ou da sua grande fábrica, onde se sente infinitamente pequeno, e, pela primeira vez, entra em um comício, e aí encontra milhares e milhares de pessoas com as mesmas idéias que as suas, quando é arrastado pela força sugestiva do entusiasmo de três a quatro mil pessoas, quando o êxito visível da causa e a unanimidade de opiniões lhe dá a convicção da justeza do novo movimento e lhe despertam a dúvida sobre a verdade de suas antigas idéias, então estará sob a influência do que poderemos designar por estas palavras - sugestão das massas. A vontade, os anseios, também a força, de milhares, acumulam-se em cada pessoa. O indivíduo que entrou para o comício vacilando, envolvido em dúvidas, dali sai firmemente fortalecido. Tornou-se membro de uma coletividade.
Capítulo 11
Assim sendo, a constante preocupação da propaganda deve ser no sentido de conquistar adeptos, ao passo que a organização deve cuidar escrupulosamente de selecionar, entre os adesistas, os lutadores mais eficientes. A propaganda, portanto, não necessita examinar o valor de cada um dos por ela convertidos, quanto à eficiência, capacidade, inteligência ou caráter, enquanto que a organização deve escolher cautelosamente, da massa destes elementos, os que efetivamente têm capacidade para levar o movimento à vitória.
A propaganda trata de impor uma doutrina a todo o povo; a organização aceita no seu quadro unicamente aqueles que não ameaçam se transformar em obstáculo a uma maior divulgação da idéia. A propaganda estimula a coletividade no sentido de uma idéia, preparando-a para a vitória da mesma; a organização tem de ganhar a vitória mediante concentração dos adeptos corajosos, capazes de combater pelo triunfo comum.
A vitória de uma idéia será mais fácil quanto mais intensa for a propaganda e quanto mais exclusiva, rígida e solida for a organização que, praticamente, toma a si a realização do combate. Daí resulta, que nunca é exagerado o número dos adeptos, enquanto que, no que diz respeito aos combatentes, não se deve cogitar de número mas de qualidade.
Quando a propaganda já conquistou uma nação inteira a uma idéia, surge o momento asado para a organização, com um punhado de homens, retirar as conseqüências práticas. Propaganda e organização estão em função uma da outra. Quanto melhor tiver agido a propaganda tanto menor poderá ser a organização; quanto maior for o número de adesistas, tanto mais modesto pode ser o número dos combatentes e, vice-versa; quanto pior for a propaganda, tanto maior deve ser a organização e quanto mais diminuto o número de adesistas de um movimento tanto mais numeroso deve ser o número dos seus organizadores, caso queira-se contar com sucesso.
O primeiro dever da propaganda consiste em conquistar adeptos para a futura organização; o primeiro dever da organização consiste em conquistar adeptos para a continuação da propaganda. O segundo dever da propaganda é a destruição do atual estado de coisas e a disseminação da nova doutrina, enquanto que o segundo dever da organização deve ser a luta pelo poder para conseguir, por esse meio, o sucesso definitivo da doutrina.
Ja li este livro. E dificil de comentar pois as pessoas acabam ti identificando com ele. Mas uma coisa é certa na luta pelo poder todos se utilizao do mesmo discurso, basta olhar as decisoes tomadas pelo nosso governo para nos alienar. Quanto a este texto é incontestavel a verdade abordada.
Um comentário:
Ja li este livro. E dificil de comentar pois as pessoas acabam ti identificando com ele. Mas uma coisa é certa na luta pelo poder todos se utilizao do mesmo discurso, basta olhar as decisoes tomadas pelo nosso governo para nos alienar.
Quanto a este texto é incontestavel a verdade abordada.
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