segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Jesus o forte!


 Vivemos em uma época em que basta dobrarmos uma esquina e logo ouvimos algum semi-analfabeto, ou um enganador, reivindicando o direito sobre a figura de Jesus o Cristo. Em tempos sombrios como este, devemos ter cuidado, mesmo quando nos falam sobre Jesus. Essas pessoas, como são fracas de espírito, visualizam um Cristo fraco, pobre, subjugado, assassinado por seus inimigos e derrotado na cruz. Gibran Khalil Gibran enxergou o verdadeiro Cristo. Suas parábolas sobre Jesus mostram um Jesus forte, revolucionário e corajoso. Gibran nos faz lembrar que Jesus não chorou na cruz, nem foi crucificado como um fraco, mas se deixou crucificar porque era, acima de tudo, um forte, não pediu clemência, olhou seus acusadores de cima, como um verdadeiro rei. Gibran nos faz enxergar a força, a coragem e a revolução na figura do Cristo. Segundo suas palavras: “...(Jesus) Viveu como um revolucionário, e foi crucificado como um rebelde, e morreu como um herói. Não era Jesus um pássaro de asas partidas, mas uma tempestade violenta que quebra com sua força, todas as asas tortas.
Abaixo uma parte da parábola “A presença invisível” de Gibran:


...  Quem é o senhor?

-    Eu sou a revolução que derruba o que os séculos estabeleceram. Sou o furacão que arranca as raízes dessecadas. Sou aquele que traz ao mundo a justiça e não a piedade.

Disse isto e levantou-se. Sua estatura era alta, e sua voz,  profunda como a noite, evocava o tumulto de tempestades longínquas. Depois, sua fisionomia iluminou-se. Estendeu os braços e vi nas suas mãos traços de pregos. Joguei-me aos seus pés, balbuciando:

-    Jesus, o Nazareno!…

E ouvi-o dizer:

- O mundo celebra meu nome e as tradições que os séculos teceram em volta de meu nome; mas eu permaneço um estrangeiro, percorrendo o universo e atravessando os séculos sem encontrar, entre os povos, quem compreenda minha verdade. “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos;  mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.”

Quando ergui os olhos, nada mais vi senão uma coluna de incenso; e ouvi como um eco de trovoada vindo da eternidade.

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