terça-feira, 2 de outubro de 2012
Escravo de quem?
Liberdade é um conceito amplamente divulgado
sempre que se instaura uma opressão. Essa palavra que já levou milhões aos
campos de batalha, que se encontra em vários hinos, que já foi buscada por
religiosos e ditadores, a meu ver, é impossível de se conquistar. Somos
obrigados a escolher diariamente entre duas forças opressoras, que nos tornam
escravos. Uma é seguida pelo caminho do fraco de espírito, normalmente essas
pessoas traem amigos, se humilham por seus empregos, negam o amor próprio em
prol de bens menores. Já conheci homens que por um salário, perderam sua
dignidade, deixando homens sem valor ditarem suas vidas, já ouvi dizerem que só
permitiam seguir este caminho porque tinham filhos para criar. A esses fracos homens
tenho algumas perguntas: Pode o seu salário ser melhor que a alegria de se
olhar no espelho e ver ali um homem de verdade? Pode ser maior sua felicidade
na certeza de um amanhã com migalhas pagas ao custo de sua dignidade e honra?
Você já se perguntou se o exemplo de tal ato (Segundo vocês em prol dos seus
filhos) causará uma cicatriz profunda no exemplo por você deixado? Já perguntou
ao seu filho se ele deseja ter um pai com remuneração e sem alma? Bem, um fraco
sempre arrumará alguma desculpa que lhe permita colocar a cabeça em um
travesseiro e dormir conformado. O outro nível de homem também é escravo, mas é
escravo de si próprio. É diariamente forçado a tomar decisões de acordo com sua
consciência e honra. Sofre perdas consideráveis, tanto financeiras como de
caráter social, mas lhe é impossível seguir outro caminho. Sempre que lhe é
mostrado o primeiro caminho, é obrigado a recusar-lhe de imediato, caso
contrário ser-lhe-ia insuportável viver. É incapaz de inventar em sua cabeça
alerta um mundo fantasioso onde sua covardia é explicada de modo confortável.
Esses homens escolhem ser grandes por dentro, independentemente da perda
exterior, é incapaz de trocar seu interno caráter por uma “casca”, seja ela um
bem financeiro ou algum status que lhe seja oferecido no lugar de sua honra.
Somos escravos de duas forças. Temos de escolher sempre quem irá nos guiar pelo
caminho da vida. Podemos escolher o caminho da covardia e provar de seus frutos
doces, mas em contrapartida temos que ser capazes de suportar dentro de nós a
covardia, a falsidade, a desonra diária de quem carrega os grilhões impostos por
outros. Ou somos forçados a escolher o único outro caminho; esse caminho pode
lhe oferecer frutos mais amargos de início, mas quem os prova não os estão provando
sozinhos, mas todos a sua volta recebem seus frutos também, sejam eles os
frutos do exemplo, da gratidão ou da admiração.
Escolha você seu caminho...
Wagner
Simeone
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